FAQ - Feocromocitoma
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Voces conhecem alguem que tenha feocromocitoma maligno metastico?


minha irmã,sofre dessa doença a 2 anos,os médicos dizem que é um cancer raro,esta sofrendo muito,pois os tratamentos não surtiram nenhum efeito positivo....,
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Amigo, permita-me dizer algo. Minha mãe teve câncer e tratou por 8 anos mas faleceu. Meu pai tem câncer a 3 anos está em tratamento. Meu irmão caçula teve um tumor no cérebro e foi curado.
Mas todos tem em comum uma coisa: Fé em Jesus que tudo pode. Vamos orar por sua irmã, amém?  (+ info)

tenho 26anos e tenho sintomas de feocromocitoma.nao sei se me desespero ou encaro como"faz part da vida".?


Calma Bigmoa24, a feocromacitoma é uma doença rara e de certa forma perigosa, mas facilmente controlável, sendo raramente fatal quando diagnosticada precocemente. Após ler esta resposta providencie uma consulta com um médico e fique tranquila.

Provavelmente a sua está no começo, já que ela aparece entre a terceira e quinta década de vida e você tem apenas 26 anos.  (+ info)

feocromocitoma,alguem conhece essa doença?


É um tipo de tumor que pode ser benigno ou maligo. Podem ocorrer de forma esporádica ou estar associado a alguma sindrome familiar (genetico), como a doença de von-hippel Lindau e a NEM (neoplasia endócrina multipla). Estes tumores são constitídos de celulas chamadas cormafins, que produzem e secretam catecolaminas e neuropeptídeos, que na grande maioria dos casos provocam o aumento da pressão arterial e ainda palpitações, cefaleias, sudorese entre outros sintomas. Este tumor está na grande maioria dos casos, presente na glandula supra renal, mas também pode ocorrer em paraganglios fora desta glandula, e neste caso são chamados de paragangliomas.
Sou biomédica e meu mestrado foi sobre os feocromocitomas esporádicos. Se quiser tirar alguma outra dúvida pode me escrever.  (+ info)

um resultado de um exame pra feocromocitoma . com valor 35,60ug/24horas nometanefrinas. 96.00.ug/.24hora?


valores obtidos...volume de 24 horas 1.180ml 3 quer dizer ...qual resultado
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Alguém pode me dizer qual é o exame melhor indicado para diagnosticar "feocromocitoma"?


Tenho todos os sintomas de feocromocitoma, mas já fiz exames de urina 24 hs. e de sangue com diagnóstico negativo. Existe um outro exame, mais preciso?
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Os exames de urinas (dosagem de ácido vanilmandélico) são os mais sensíveis para fazer o diagnóstico, se deram negativo procure por outra doença (tem certeza que os sintomas são de feocromocitoma?).
Um último recurso mas que é pior do que os exames de sangue e urina seria o ultra som abdominal e em última instância a tomografia computadorizada para ver se existe uma massa que caracterizaria o tumor nas glândulas adrenais.  (+ info)

Alguém aí tem ou entende bem de SÍNDROME DO PÂNICO?(quero respostas pessoais, não tiradas da internet).?


Estava lendo sobre a Síndrome do Pânico e hipertensão e gostaria muito de opniões. Sempre desconfiei que tivesse a síndrome do pânico, pois desde os meus 15 anos de idade, chegava a noite, eu começava a ter muito medo, medo de dormir e não acordar mais, medo de enlouquecer, meu coração disparava, e eu lutava para não dormir. Os anos se passaram, tinha tempos de melhora, tinha tempos de crise, aí ano passado, aos meus 22 anos, estava no trabalho, um pouco estressada, quando sentí-me muito mal, começou uma falta de ar intensa, minha boca começou a formigar, tive muito medo de morrer, meu coração começou disparar e não conseguia mais engolir. Achei que fosse um pânico, ou uma queda de pressão, pois minha pressão sempre foi baixa. Fui ao hospital e para minha surpresa, minha pressão estava 22 por 14. Me medicaram, mas não melhorava, e minha visão, há uns meses atrás havia ficado turva e nunca mais melhorou, e tinha crises de forte dor de estomago. Passei vários dias com a pressão entre 19 por 12 e 22 por 14, nem a medicação resolvia. Aí começou a tortura. Fui ao oftalmologista, fiz exame de fundo de olho, medi a pressão ocular e não acharam problema nenhum nos olhos. Fui ao neurologista, fiz eletroencefalograma acordada e em sono, e nada. Fiz endoscopia e ecografia abdominal para ver o problema do estômago e nada. Fui ao nefrologista, fiz exame das artérias renais e de proteinuria, para descartar feocromocitoma e não acharam nada. Fiz eletrocardiograma e eletrocardiografia, e nada! Fiz hemograma e outros exames de sangue e urina e nada!!! Fui ao psiquiatra para ver se não era síndrome do pânico, ele disse que a sindrome do panico não mexeria tanto com a minha pressão arterial (será?). Mas me receitou Fluoxetina e Rivotril, mas eles só me aliviavam um pouquinho, e logo depois eu fiquei grávida, tive que parar de tomar. Minha gravidez foi tranquila, a pressão se manteve normal ou baixa, aí quando minha filha nasceu, voltou o pesadelo: Minha pressão voltou a subir, mas o engraçado é que tenho crises de pressão alta, as vezes ela está baixa ou normal, e tem vezes, como estou há 3 dias, com a pressão alta (16 por 12), mesmo aumentando a dose do remédio. O problema é que juntamente me voltaram as faltas de ar horriveis, o aperto no peito, o coração acelerado, tremor de bater até o queixo, a visão piorou, e tenho tido medo. E a noite tudo piora, sobe a pressão arterial e começo ter um medo horrivel, medo de tudo, medo de enlouquecer, medo de fazer mal a alguém, medo de fantasmas...As vezes parece que nem estou no lugar onde estou, parece que dá um branco na cabeça, que estou flutuando, que vou cair, sei lá. Sinto frio, tremores, e muita dificuldade de engolir a saliva, como se a garganta estivesse fechando. Sou muito ansiosa também, faço várias coisas ao mesmo tempo, não consigo ficar parada, não consigo nem fechar a porta do banheiro quando tomo banho, e tenho medo de ficar sozinha.
Eu estou desesperada, ninguém descobre a causa da minha hipertensão e já estou tomando doses altas do remédio contra hipertensão e não resolve, tenho um filho de 2 anos e uma menina de 4 meses, e tenho muito medo que essa pressão alta me mate, ou me dê um derrame e eu não possa mais cuidar ou ver os meus filhos. Só quero me curar, quero uma orientação e gostaria de saber, isso que eu tenho pode ser sindrome do panico? Ela pode mexer tanto assim com a pressão arterial? Que exame se faz para diagnosticar? Pois atualmente moro em um municipio de apenas 5 mil habitantes e com poucos recursos, médicos de mentes "pouco abertas", e gostaria de saber onde pedir ajuda, ah, e se existe algum medicamento que possa ser tomado durante a amamentação.
Por favor, quem puder me ajudar...
Agradeço desde já!
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Olá "ICP", o que posso te comentar é que eu tb tenho sindrome do panico, desde os 21 anos, mas hj ja tenho mais controlada e ela ja naum me impede de fazer nada... Acho que a resposta que procura naum pode ser dita com certeza por ninguem, pois naum somos medicos, mas opinioe sim podemos dar: Todos os sintomas que vc disse acredito que pode ser sim. Pq o panico altera todo nosso organismo, uma crise de panico faz liberacao de substancias que provocam fortes enjoos, dores no estomago e nos musculos, fraqueza repentina quase ao ponto de desmaiar (alguns desmaiam msm), as vistas se ofuscam, e uma série de outros sintomas. O que eu posso te dizer pra te aliviar, é que eu sofri mto com a ansiedade e o panico antes de eu saber o q era, pois eu tinha medo de estar mto duente, e de morrer msm, mas depois que a psicologa me explicou que td vinha da minha ansiedade, ou seja: td era um desconforto psicologico, td ficou mais facil, pq eu sabia que qdo me vinham as crises, naum significava que eu estava passando mau, e sim que meui psicologico estava me perturabando, é como se vc lutasse contra um inimigo insivivel. eu me indentifiquei quase em 100% com td o q vc disse, e eu hj estou mto melhor. Vc precisa de sessoes de relaxamento, a sua ansiedade PRECISA diminuir, se ker uma dica: procura fazer Yoga, mudou mto a minha vida. isso td vai passar, se vc buscar o tratamento da meneira certa. Pesquise mais sobre isso no orkut,poderá encontrar mtas ajudas.  (+ info)

O que podemos aprender com terapia?


A minha história é simples. Em 1993, eu fui pela primeira vez a um psicólogo, por livre e espontãnea vontade. Na verdade, quando eu tinha oito anos, fui submetida a uma bateria de teste de q.i., para fins de progressão de série, e passei por um psicólogo, claro. Voltando a 1993, eu fui, por conta de sindrome de panico, mas, além disso, sofri muito com a suspeita de um feocromocitoma, tumor nas supra-renais. E aí, caía muito em depressão. Passei sete anos com este terapeuta, até então, ele se mudar para outro estado. Fui encaminhada para outra no ano de 2000, já "curada" da síndrome de panico, mas com a tal depressão. Mas o que vejo, que nesta última, também, aquela coisa de ser anti-ética, quebrando sigilo e mais, sendo, mercenária, inclusive. Não digo que são todos assim, mas eu passei por este desgosto, e ainda, dizendo que depressão minha era preguiça. Será que é preguiça, alguém, estudar em duas faculdades ao mesmo tempo? Ainda depois, trabalhar em tantos locais distantes até de minha residência? As vezes, acho mesmo que, passei por um estresse muito grande. Desta segunda, passei quase nove anos. Daí então, o mais recente, estava com dois meses de terapia, mas ele não acredita que minha depressão esteja assim tão forte, e não acredita em tudo que passo emocionalmente. Foi díficil me desvincular da anterior, por me sentir muito humilhada. Eu acredito que precisamos mais de ter bons profissionais, e não dar crp para todo mundo assim...
Tenha isto como um desabafo, e nunca mais quero procurar psicólogos, por melhores que sejam.
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Olha...eu entendo a sua situação e tambem ficaria decepcionado e pq não dizer revoltado com profissionais principalmente da area de saude em agir assim, justamente na hora que vc mais precisou ouviu essas barbaries. Mas como vc mesma disse ela faltou com ética, infelizmente em todas as profissões existem maus profissionais, eu penso que na terapia é possivel vc crescer e se auto analisar, o terapeuta não esta la para dizer se a sua depressão é grande ou não, a função dele é te ajudar a vc mesma se encontrar e se compreender. Pelo que li vc é muito diciplinada, uma pessoa batalhadora que busca a perfeição, talvez o problema esteja ai. Entendo o que vc passou, mas se tiver que fazer terapia novamente faça, procure um profissional a sua altura, parece que o primeiro aquele que foi embora foi bom para vc, então creio que possa encontrar outro tão bom quanto ele.  (+ info)

perguntei outro dia.....?


Propanolol X sibutramina?
Alguem pode me ajudar?
Tomo propanolol 40 mg uma x por dia, q é para controlar meu taquicardia, que chega a 215 bpm p.minuto .
Acontece q estou fazendo uso da sibutramina a 7 meses e dizem q ela aumenta o ritmo cardiaco, até agora tá tudo bem, mas será q vai me dar problemas futuro?

Obs: tomava no inicio para perder 5 kg, já perdi e agora tomo pq ela controla a minha ansiedade, sou muito nervosa e a sibutramina me dá paz e tranquilidade.
Obrigada

Recebi varias respostas e agradeço muito porisso, fiquei ausente e nw consigui escolher a melhor e de fato com certeza nw seria a escolhida por votação, pois faço Pilates 2 vezes por semana, e Muay Tai tbém 2 vezes por semana, com isso me exercito bastante.Tomo Sibutramina ainda pq meu medico me receita e acha bom o meu controle da ansiedade, só q sou curiosa e queria apenas saber de algum profissional a sua opinião.
Entw resolvi colocar aqui a minha resposta PREDILETA e a bem entendida. Obrigada

Aqui estão as contra indicações da Sibutramina,
acredito, que por vc. fazer um controle do seu taquicardia, tomar uma vez ou outra, não vai lhe fazer mau, já que conseguiu perder , aqueles quilinhos que queria, porque não da um tempinho!
Não há necessidade, de tomar direto um remédio, sem necessidade, pois futura mente, acredito não ira fazer o mesmo efeito, e acho que ai sim tendo que aumentar a dose, lhe causara algum tipo de reação

Suas contra-indicações

Sibutramina é contra-indicada em casos de:
* Condições psiquiátricas como bulimia nervosa, anorexia nervosa, depressão forte, ou mania pré-existente.
* Hipersensibilidade ao remédio
* Pacientes abaixo de 18 anos de idade.
* Tratamento concomitante com inibidores da Monoamina Oxidase (MAO), antidepressivos ou outros remédios centralmente ativos.
* Hipertensão não suficientemente controlada.
* Hipertensão pulmonar.
* Lesões existentes na válvulas cardíacas, doença coronária, insuficiência cardíaca congestiva, arritmia sério e infarto do miocárdio anterior.
* Infarto ou ataque isquêmico transiente.
* Hipertiroidismo.
* Glaucoma de ângulo fechado.
* Problemas de ataque apoplético.
* Alargamento da glândula da próstata com retenção urinária.
* Feocromocitoma.
* Mulheres grávidas ou lactantes.

Efeitos colaterais da sibutramina

Os efeitos colaterais mais comuns são: boca seca, apetite paradoxalmente elevado, náusea, gosto estranho na boca, estômago irritado, constipação, problemas para dormir, tontura, dores menstruais, dor de cabeça, sonolência, dor nos músculos e articulações.

Espero ter ajudado e boa sorte.
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Silvia

Receito sibutramina aos meus pacientes , porém sempre tenho o cuidado de avaliar antecedentes de arritmias e hipertensão

A sibutramina como já foi amplamente divulgado é um, inibidor da recaptação da serotonina, dopamina e noradrenalina, ou seja ela aumenta os níveis séricos destas substâncias em nosso organismo, a sensação de prazer e bem estar é decorrente do aumento do sníveis de seotonina (que alivia o seu estresse) porém esssa mesma serotonina que parece ser "boazinha" ela estimula os recpetores alfa adrenérgicos elevando a pressão arterial e também a frequência cardíaca, o propranolol 40mg/dia é pouco eficaz para aqueles pacientes com freqûencia atingem 215bpm (Taquicardias supraventriculares) nestes casos o correto seria o NÂO uso da sibutramina e /ou indicação de tratamento ablativo (nos casos de arritmias supraventriculares) por isso disse que seu médico não deve ter prestado a atenção ao indicar o uso da sibutramina pois acho que se ele soubesse não o faria nunca.
Propranolol atua de maneira inversa ao da sibutramina estimulando os receptores beta adrenérgicos, portanto ele não somente irá diminuir a frequência cardíaca como tambem irá diminuir o efeito da sibutramina. entende?
ou seja você toma sibutramina e também não toma. (lógico que a dose do propranolol é determinante nessa história).

Quanto ao futuro???...........bom o futuro a Deus pertence!!!.... portanto caso tenhas novos episódios de taquicardia supraventricular o melhor seria sujeitar -se a um tratamento mais efetivo (ablação) para sua arritmia, mas você tem potencial para ter novos episódios de arrtimias, procure seu cardiologista e rediscuta sobre sua situação
Abço

PS: Tudo bem que não concorda com minha resposta ...foi forçada mesmo... mas te digo uma coisa, mesmo que tenhas emagrecido 05 kg a reeducação alimentar ainda é em conjunto com práticas de esportes rotineiros a melhor forma de controle da perda de peso e também da ansiedade,,, além de mais natural .

MENTE SANA IN CORPORE SANO!!!  (+ info)

gostaria de saber se?


feocromocitoma tem cura e o que é!
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O feocromocitoma é um tumor de ocorrência rara, 0.1 a 0.2 % dos pacientes portadores de hipertensão arterial diastólica, que pode originar de qualquer parte do organismo onde existe tecido só sistema nervoso simpático (tecido cromafin), sendo mais freqüente em topografia de supra-renais e gânglios para-aórticos. Cêrca de 90% dos tumores originam-se das células cromafins da camada medular das glândulas adrenais (figura), sendo 7% desses bilaterais, 10% múltiplos, localização preferencialmente em espaço retropancreático, intestino, próstata e bexiga. As células cromafins produzem catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) provocando o aumento súbito da pressão arterial, com cefaléia, sudorese e palpitações.



Legenda:1. Rim esquerdo; 2. suprarenais; 3.Veia porta; 4. epiplom;5. intestino grosso; 6.artéria renal; 7 ureter do rim direito; 8 fígado.

A principal manifestação do feocromocitoma é a hipertensão arterial sistêmica secundária que é a manifestação potencialmente curável cirúrgicamente.

A confirmação diagnóstica é através da bioquímica e possível em praticamente todos os pacientes. A sensibilidade do ácido vanil-mandélico(VMA) e metanefrinas (MET) urinárias no diagnóstico e superior a 95%.

Nos últimos anos, a utilização de análise radioisotópica através do I-131-meta-benzilguanidina, cuja estrutura farmacológica e semelhante a norepinefrina, e possuindo afinidade pelo tecido cromafin, entrando neste tecido de maneira semelhante ao hormônio natural, tem melhorado sensivelmente a capacidade diagnostica, principalmente dos tumores de localização extra-adrenal e das metástases, outra de difícil detecção.  (+ info)

Gostaria saber tudo sobre o tumor Feocromociotoma?


tudo sobre Feocromocitoma
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Feocromocitomas são tumores de células cromafins do eixo simpático-adrenomedular que, embora raros – 0,5% entre os hipertensos com sintomas sugestivos(1) e 4% entre pacientes com incidentalomas da supra-renal(2) –, devem ser considerados na avaliação de pacientes hipertensos, em portadores de doença do pânico e arritmias cardíacas e ao longo do curso evolutivo de doenças familiares como neoplasia endócrina múltipla II (MEN II), doença de von-Hippel-Lindau, neurofibromatose do tipo 1 e tumores do corpo carotídeo.

Os testes bioquímicos e os métodos de imagem utilizados para o rastreamento e localização dos tumores têm, usualmente, pouca sensibilidade e especificidade. Isto explica por que muitas vezes o diagnóstico correto se torna difícil, predispondo os pacientes às conseqüências por vezes catastróficas da liberação de significativa quantidade de catecolaminas pelo tumor, em resposta a estímulos por vezes banais. Corretamente diagnosticado, e adequadamente tratado, o feocromocitoma é curável; quando não, acaba tendo curso fatal(3).
A suspeita clínica emerge diante das manifestações de efeitos fisiológicos e farmacológicos do excesso de catecolaminas e que incluem: hipertensão arterial sustentada e resistente ao tratamento convencional; crise hipertensiva manifestada sob a forma de hipertensão maligna, encefalopatia hipertensiva, infarto do miocárdio ou dissecção aórtica; e episódios paroxísticos de convulsões, ansiedade e hiperventilação pulmonar. Mais raramente, o feocromocitoma pode causar hipotensão e choque ou hipertensão severa na vigência de cirurgia ou trauma. A tríade clínica cefaléia, sudorese e palpitações deve sempre levantar a suspeita de feocromocitoma, apresentando sensibilidade de 89% e especificidade de 67% no diagnóstico da doença(1). Em uma série de 21 mil hipertensos, a ausência destes sintomas praticamente excluiu o diagnóstico(4). A Tabela 1 mostra a freqüência de sintomas descritos em uma série de casos de cem pacientes com feocromocitoma(5).
Diagnóstico do feocromocitoma (ver Figura 1)

O diagnóstico depende de se estabelecer uma estratégia para demonstrar excesso de catecolaminas e de seus metabólitos no plasma e na urina. A Tabela 2, do National Institute of Health (NIH) dos Estados Unidos(6), reproduz os principais testes bioquímicos de dosagem das catecolaminas, as respectivas metodologias e situações onde o tumor é considerado improvável, possível ou provável, tendo como referência as concentrações de catecolaminas ou seus metabólitos no sangue e na urina.
A dosagem do ácido vanilmandélico (VMA) na urina, ainda muito solicitada entre nós, é pouco sensível. Uma excreção urinária normal de VMA não exclui o diagnóstico da doença(7, 8). Atualmente a cromatografia líquida de alta pressão (HPLC), com detecção eletroquímica ou fluorométrica, é o método que muitos laboratórios preferem para se estimar os níveis de catecolaminas no plasma ou urina(9). Outros ensaios, com menos interferência analítica, como cromatografia gasosa ou líquida associada a espectroscopia de massa (GC-MS, LC-MS), começam a ser implementados e logo estarão sendo utilizados em laboratórios comerciais, inclusive no Brasil.

Qual seria o melhor teste bioquímico para excluir o diagnóstico de feocromocitoma?

A pergunta é importante. Excluir o diagnóstico de feocromocitoma por conta de um resultado falso negativo pode representar graves conseqüências, inclusive fatais, ao paciente. Em contrapartida, um resultado falso positivo tem impacto menor, pois poderá ser refutado posteriormente por outros procedimentos( 6).



A abordagem para se comprovar bioquimicamente o excesso de catecolaminas é fundamental para o diagnóstico da doença, embora apresente algumas limitações que precisam ser consideradas: 1) as catecolaminas e seus metabólitos são liberados pelas terminações nervosas simpáticas e pelas adrenais, não sendo, portanto, específicas de feocromocitoma, podendo elevar-se não só em condições fisiológicas, como em vários outros estados patológicos; 2) não é infreqüente um feocromocitoma secretar catecolaminas intermitentemente; 3) alguns tumores não secretam catecolaminas em quantidade suficiente, por isso não são sintomáticos nem alteram os ensaios bioquímicos. Assim, os testes comumente empregados para se estimar as catecolaminas no plasma e na urina, ou mesmo outros ensaios bioquímicos, como a mensuração da cromogranina A, não excluem nem confirmam, de modo confiável, um tumor(8).
As sensibilidade e especificidade de vários métodos bioquímicos de diagnóstico de feocromocitoma são apresentadas na Tabela 3(6).
A dosagem plasmática das metanefrinas livres (metabólitos 0-metilados das catecolaminas) por HPLC, que mede a normetanefrina e a metanefrina, é atualmente o meio mais efetivo de se diagnosticar feocromocitoma(10, 11). Embora recentemente desenvolvido, está hoje disponível inclusive em vários laboratórios e hospitais brasileiros. Detalhes sobre sua metodologia podem ser acessados on-line no site www.catecholamine.org/lab.procedures. Concentrações de normetamefrina superiores a 2,5pmol/ml ou de metanefrina superiores a 1,4pmol/ml indicam feocromocitoma com 100% de especificidade(12). Além disso, a determinação das metanefrinas livres no plasma oferece sensibilidade de 99%, quando comparada à sensibilidade de 85% e 83% das catecolaminas plasmáticas e urinárias, respectivamente. Por outro lado, as metanefrinas livres sofrem menos interferência das mudanças posturais e do estresse pré e peroperatório(13).
Um resultado negativo (consultar Tabela 2 para valores de referência) praticamente exclui o diagnóstico de feocromocitoma, exceto em situações de tumores pequenos, como acontece nas formas familiares da doença(6).
Quando os níveis plasmáticos de metanefrinas livres não estiverem disponíveis, pode-se optar pela mensuração das frações das metanefrinas na urina por HPLC. Há que se estar atento para resultados que ainda utilizam as metanefrinas totais na urina de 24 horas dosadas por ensaio espectrofotométrico. Este teste tem sensibilidade de apenas 76%, contra 83% das catecolaminas urinárias fracionadas por HPLC.
Níveis elevados de metanefrina e normetanefrina no plasma não significam, porém, que o paciente tem feocromocitoma. Em verdade, o número de resultados falsos positivos ultrapassa os resultados verdadeiros positivos. Contudo pode-se esperar que 80% dos pacientes com feocromocitoma comprovado cirurgicamente apresentem resultados verdadeiros positivos(12).



Várias interferências analíticas explicam os resultados falsos positivos. Medicamentos como acetaminofen, antidepressivos tricíclicos, inibidores da monoaminoxidase e fenoxibenzamina ativam reflexamente o sistema nervoso simpático e devem ser suspensos pelo menos 72 horas antes da coleta de san- gue. A composição da dieta também interfere no ensaio, recomendando-se que bebidas cafeinadas e descafeinadas sejam interrompidas 12 horas antes da realização do exame. A obtenção da amostra de sangue deverá ser feita somente após o paciente permanecer deitado, em repouso, por pelo menos 20 minutos, a fim de se evitar a ativação fisiológica do sistema simpático. Lembrar, também, que insuficiência cardíaca, hipertensão renovascular e disautonomia são situações que se associam a hiperatividade simpático-adrenérgica e podem contribuir para resultados falsos positivos(13).



Testes de supressão e estímulo

Se ainda persistir qualquer dúvida sobre a positividade das metanefrinas no plasma, o procedimento subseqüente é mensurá-las novamente, pois, como são produzidas continuamente pelo tumor, a repetição de valores normais exclui a suspeita de feocromocitoma. Se permanecerem elevadas, solicita-se o teste de supressão pela clonidina.
O teste da clonidina é particularmente útil para distinguir entre concentrações elevadas de norepinefrina plasmática, que refletem sua liberação pelas terminações simpáticas, daquelas liberadas pelo tumor(14, 15). A diminuição de 50% ou mais dos níveis plasmáticos de norepinefrina três horas após a administração de 0,3mg de clonidina por via oral, ou a redução destes níveis para valores inferiores a 2,96nmol/l, indica resposta normal. Se os valores permanecerem elevados, antes e após a clonidina, o diagnóstico passa a ser muito provável, exceto nas condições em que o tumor secreta intermitentemente, levando a resultados falsos negativos(16, 17). Resultados falsos positivos com o teste da clonidina podem aparecer em pacientes que utilizam antidepressivos tricíclicos ou diuréticos(16). Neste caso, indica-se o teste de estímulo pelo glucagon. Um aumento três vezes acima dos níveis basais de norepinefrina dois minutos após a infusão de glucagon indica, com alta especificidade, a presença de feocromocitoma(18). O teste, porém, não é sensível, e um resultado negativo não exclui o diagnóstico. Lembrar que tanto o teste de supressão – que pode levar a hipotensão severa, como o teste de estímulo, que pode induzir hipertensão arterial, deverão ser realizados com o paciente internado e conduzidos por equipe experiente.

Localização do feocromocitoma

A tomografia computadorizada tem sensibilidade de 93% a 100% para detectar feocromocitomas localizados nas supra-renais(19, 20). Nos casos de tumores extra-adrenais, a sensibilidade diminui para menos de 90%(21). Em contrapartida, a ressonância nuclear magnética tem sensibilidade igual ou menor para tumores adrenais, mas é superior para detectar tumores extraadrenais( 19, 20). Ambos os métodos têm, porém, baixa sensibilidade, que pode chegar a 50%, em virtude de revelarem, com relativa freqüência, massas nas suprarenais que não são feocromocitomas(22, 23).



Se os resultados da tomografia computadorizada e da ressonância magnética forem negativos, deve-se solicitar a repetição de uma destas técnicas de imagem para o rastreamento de corpo inteiro em busca de feocromocitomas, muitas vezes diminutos e localizados em sítios anatômicos como tórax, áreas justacardíacas e justavasculares(20, 24).
A cintigrafia com 131-I-meta-iodobenzilguanidina oferece especificidade de 95% a 100%, sendo útil no diagnóstico de tumores extra-adrenais, nas formas recorrentes ou metastáticas de feocromocitoma e tumores com importante grau de fibrose que distorce a anatomia da glândula. O mapeamento, porém, não tem sensibilidade suficiente para excluir feocromocitoma(21, 22, 25).
A tomografia por emissão de pósitrons (PET) é ainda método de diagnóstico restrito a poucos centros de imagem e que depende da captação e retenção de radiofármacos por diferentes tecidos. Diferentemente da imagem obtida com 131-I-meta-iodobenzilguanidina, que requer 24 a 48 horas para uma adequada definição, a PET visualiza o tumor quase imediatamente após a administração do radiofármaco(26).
Por fim, deve-se considerar que um paciente pode ter feocromocitoma sem que a tomografia ou a ressonância o tenham detectado. Nesses casos, a mensuração de catecolaminas e metanefrinas plasmáticas no sangue colhido da veia cava inferior poderá auxiliar o diagnóstico

abraços
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