FAQ - Espondilite Anquilosante
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Alguém tem Espondilite Anquilosante?


Há alguns meses descobri que tenho E.A., e gostaria de saber quais as medicações que vc(s) usam, quanto tempo do diagnóstico, onde são as dores, o que as aliviam, essas coisas.
Obrigada!!!
Bjuxxx
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É necessário muito repouso, remédios reepitelizantes, suplementos minerais e talvez o uso de próteses removíveis.  (+ info)

Algumas perguntas sobre espondilite anquilosante?


Tenho EA a 20 anos e tomo um antinflamatorio por dia que é diclofenaco colesteramina 70mg.
Gosto de tomar uma cervejinha no fim de semana.
- pergunta 1: faz muito mal essa cervejinha?
- pergunta 2: me dou bem com esse antinflamatorio e ñ fez mal pro meu estomago ainda, devo continuar com ele?
- pergunta 3 : a hidroginastica melhora muito a qualidade de vida nessa doença?
Obrigado.
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meu filho de dezessete anos tem espondilite anquilosante.?


recentemente ele fez uma tomografia computadorizada e o resultado deu que ele estácom uma erosao óssea na articulaçao sacro ilíaca e com formação cística,ainda nao consegui falar com a médica dele,por isto gostaria de que alguem tem esta doença ou sabe algo sobre ela que pudesse me dizer algo sobre como devo proceder e se por acaso este diagnóstico tem como ser revertido ou se simplesmente é a doença evoluindo para uma possivel paralização da articulação sacro iliaca ou seja dos quadris dele.obrigada
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Espondilite Anquilosante

Como é o tratamento?

Não há cura para a espondilite anquilosante e, embora a doença tenda a ser menos ativa conforme a idade avança, o paciente deve estar consciente de que o tratamento deve durar para sempre. O tratamento objetiva o alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade da coluna onde a mesma tenha diminuído, permitindo ao paciente ter uma vida social e profissional normal. O tratamento engloba o uso de medicamentos, fisioterapia, correção postural e exercícios, que deve ser adaptado a cada paciente.

[sobe]

Como é o tratamento medicamentoso?

Utilizam-se analgésicos para aliviar a dor e anti-inflamatórios. Existem várias substâncias capazes de reduzir ou eliminar a dor, que permitem ao paciente uma boa noite de sono e seguir um programa de exercícios. Alguns dos medicamentos mais novos são criados para serem efetivos durante a noite e durante a primeira parte do dia.

Os remédios podem ser paliativos como os analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, ou então modificadores da evolução da doença ou indutores de remissão da doença, como a sulfasalazina e o metotrexato.

Passada a fase aguda da doença, a maioria dos pacientes não necessita de remédios, uma vez que façam parte de um programa regular de exercícios. Os remédios são necessários esporadicamente, apenas quando os sintomas reaparecem apesar da terapia de exercícios.

Para outros pacientes, pode ser necessário um tratamento contínuo com doses reduzidas (manutenção) de medicamentos.



Existem outras alternativas para aliviar a dor?

O paciente pode utilizar o calor que, em todas as suas variadas formas, ajudará no alívio da dor e rigidez. Um banho quente após o descanso, uma bolsa de água quente ou um cobertor elétrico podem ser suficientes. Não é necessário utilizar lâmpadas especiais.



A acupuntura pode ser utilizada no tratamento?

Embora até o momento não haja provas de que a acupuntura, ou qualquer outro tratamento paramédico, sejam efetivos no tratamento da doença, existem evidências de que a acupuntura, desde que realizada por profissional habilitado, apresenta bons resultados no alívio da dor crônica. Não se engane submetendo-se a tratamentos dispendiosos que não tenham sido comprovados cientificamente. Para pacientes com pescoço rígido, a manipulação pode ser perigosa.



O paciente pode passar por um tratamento com radioterapia?

O tratamento por radioterapia já foi comum em casos de espondilite anquilosante, sendo, sem dúvida, eficaz, especialmente no controle da dor. Ele é raramente utilizado hoje em dia, devido à indiscutível correlação entre seu uso e o crescente risco de câncer e leucemia (mesmo sendo este risco pequeno). Atualmente, a maioria dos reumatologistas utilizam essa forma de terapia apenas em circunstâncias excepcionais, no tratamento de dores intensas e crônicas do calcanhar, não responsivas ao tratamento com remédios.



Como a cirurgia pode auxiliar no tratamento?

É utilizada com maior freqüência para restaurar os movimentos de juntas do quadril danificadas (artroplastia) e, raramente, para posicionar corretamente as costas ou o pescoço daqueles que se tornaram tão afetados pela doença a ponto de não conseguirem olhar para frente, tendo dificuldades até para atravessar uma rua.



Qual é a importância dos exercícios?

O propósito dos exercícios é conscientizá-lo de sua postura, especialmente com relação às suas costas, e encorajar o movimento livre de algumas juntas, particularmente ombros e quadris. É importante fortalecer os músculos, pois o movimento reduzido, mesmo por um curto período de tempo, os enfraquece, podendo levar muito tempo para reconstruí-los.



Quais são os objetivos da fisioterapia?

Provavelmente, em algum momento, o paciente receberá tratamento de algum fisioterapeuta. Ele deve aprender uma rotina de exercícios que poderá praticar todos os dias. Os exercícios são indicados com base nas necessidades individuais de cada um. O paciente deve ir a um departamento de fisioterapia durante uma ou duas sessões para aprender os exercícios. Contudo, o fisioterapeuta não fará seu tratamento sem receita ou carta de um médico, que dever ser consultado em primeiro lugar.



Como o paciente deve agir durante o tratamento?

Como parte do tratamento da espondilite anquilosante, é importante que ele cuide de sua saúde e postura. Isso inclui evitar o excesso de peso e de cansaço por longos períodos de trabalho ou por excesso de compromissos.

O lema para o tratamento, o qual cada paciente deveria aprender e obedecer, é: É FUNÇÃO DO MÉDICO ALIVIAR A DOR E É FUNÇÃO DO PACIENTE PRATICAR EXERCÍCIOS E MANTER BOA POSTURA.

Os princípios de tratamento são:

Tomar cuidado com a saúde geral e prestar atenção à dieta;
Insistir nos exercícios que visem a manutenção da postura e mobilidade das juntas afetadas pela doença. A postura, portanto, é extremamente importante quando estiver no trabalho, se di  (+ info)

Quem tem espondilite anquilosante e sente muitas dores, já fez vários tipos de tratamento pode trabalhar?


Já foi feito vários anos de fisoterapa, tratamento com Remicade e não houve melhora no quadro. Sente muitas dores nos quadris e coluna, nos ombros joelhos e pés.
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Você não diz se esta pessoa já passou pelo perito do INSS, em caso positivo, deve recorrer deste diagnóstico, pois fica obvio que esta pessoa não esta em condições disto.  (+ info)

O que é espondilite Anquilosante?


Gostaria de saber arespeito desta doença?
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Espondilite Anquilosante

A espondilite anquilosante (EA) pode ser definida como uma doença inflamatória crônica que acomete as articulações sacroilíacas, em graus variáveis a coluna vertebral e, em menor extensão, as articulações periféricas.

Embora se possa encontrá-la indistintamente nos dois sexos, há predileção pelo sexo masculino na proporção de 2-4:1, sendo que a grande maioria dos pacientes desenvolve os primeiros sintomas entre os 20 e 35 anos.

Manifestações Clínicas

1. Alterações Clínicas Articulares:

A manifestação clínica mais comum é a dor nas articulações sacro-ilíacas e/ou na coluna lombar. Na fase inicial o paciente pode apresentar fases de melhora e piora sendo que os sintomas melhoram com o calor e mobilização articular, piorando como repouso. Associa-se à dor uma rigidez matinal e a dor lombar pode irradiar pelos membros.
No exame físico pode observar-se redução e até retificação da lordose lombar apresentando graus variáveis de redução da mobilidade lombar em todos os planos: anteriores, laterais e posterior.
A progressão da doença na coluna vertebral ocorre de forma ascendente, e na coluna torácica poderão acontecer - além da dor - redução da expansibilidade e aumento da cifose.
Na coluna cervical podem ocorrer dor, limitação de movimentos, retificação e até perda da lordose fisiológica normal, alterações que às vezes levam a uma projeção da cabeça para frente.
As complicações mais comuns do envolvimento vertebral consistem de sub-luxação atlas-áxis, fraturas secundárias a osteoporose, e mais recentemente ficou demonstrada a presença de osteomalácia em alguns pacientes.

2. Alterações Clínicas Extraarticulares

Apesar da predileção pelo acometimento articular, a EA é uma doença de caráter sistêmico. Os sintomas ocorrem nos períodos de maior atividade da doença ou nas fases iniciais e consistem de astenia, fadiga, hiporexia, emagrecimento leve e febrícula. A doença também acomete de formas variadas os olhos, pulmões, coração e aparelho genito-urinário.
A síndrome da cauda eqüina é uma complicação rara e se traduz por um quadro de dor insidiosa nas nádegas e nas faces internas das coxas e pernas, com alterações sensórias e motoras.

Manifestações Radiológicas

É possível encontrar, de forma progressiva: perda da nitidez dos contornos da articulação, pseudo-alargamento, esclerose óssea subcondral, erosões nas bordas articulares, formação de traves ósseas e redução do espaço articular e, num estágio final, fusão das articulações.
Na coluna vertebral ocorrem mais comumente erosões nos ângulos vertebrais, osteítes, quadratura de corpos vertebrais e formações de sindesmófitos.

Critérios diagnósticos

Só é considerada EA quando ocorre sacroilíte bilateral de graus 2-4 ou unilateral de graus 3-4, com pelo menos um dos seguintes critérios clínicos:


a) dor lombossacra com pelo menos três meses de duração;
b) limitação da mobilidade lombar nos três planos;
c) redução da expansibilidade torácica.

Exame Clínico

No período inicial, o exame clínico tem grande valor, desde que preceda as alterações radiológicas. Neste exame são feitos testes a fim de se evidenciar as alterações causadas pela EA.

· sinal Mennell (acometimento da articulação sacro-ilíaca );
· persistência do sulco lombar;
· índice de Schober ( mobilidade do segmento lombo-sacral );
· sinal da corda do arco;
· elevação da extremidade contralateral;
· limitação da rotação da coluna;
· redução do perímetro respiratório do tórax;
· distância dedo-solo;

Tratamento

A EA é uma condição cujo reconhecimento e tratamentos precoces são gratificantes.
· Antiinflamatórios não hormonais;
· Intervenção cirúrgica: casos bem selecionados, prótese (idade, atividade) ACF, complicações na coluna ( fraturas ou deformidades );
· Fisioterapia
- Objetivos: alívio das dores, diminuição das inflamações e das contraturas, manutenção da postura, manutenção das funções articulares e evitar deformidades atróficas.
- Propostas:
+ hidroterapia, eletroterapia e massoterapia: analgésica e relaxamento
+ cinesioterapia: como se trata de uma moléstia deformante é necessário contrabalancear a tendência anquilosante, realizando:
# flexibilidade da coluna
# flexibilidade das articulações periféricas
# alongamentos musculares
# mobilizações passivas
# fortalecimentos
# expansibilidade torácica

* Conscientizar o paciente da importância dos exercícios físicos e dos efeitos prejudiciais da inatividade física.

ESPONDILOARTROPATIAS

As espondiloartropatias são um grupo de doenças interlacionadas que guardam entre si, certos aspectos em comum, como epidemiológicos, patogenéticos, clínicos e patológicos. As entidades que compõem este grupo incluem a espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, artrite psoriasica, enteroartropatias e as artrites reativas pós-infecciosas.

Elas são caracterizadas pelo envolvimento das articulações sacrilíacas, artropatias inflamatórias periféricas e ausência de fator reumatóide. São incluídos outros achados como: tendência de agregação familiar, acometimento ocular, pele, anexos e mucosos podem ocorrer e o envolvimento valvar e pulmonar é extremamente raro.

A interelação deste grupo de condições que formam as espondiloartropatias tem origem numa variedade de sinais e sintomas provenientes de vários sistemas do organismo. Mesmo nas artropatias reativas, onde o agente infeccioso desencadeante é reconhecido, a patogênese destas condições e pouco conhecida, assumindo-se que vários genes interagem para definir a expressão fenotipica específica.

As artropatias reativas podem ser definidas como, uma artrite inflamatória estéril, num espaço de tempo e local distinto do processo infeccioso desencadeante primário.

Estas artropatias podem ser consideradas doenças tipicamente relacionadas ao alelo HLA-B27, entretanto, isto não se aplica a febre reumática, que deve ser encarada como um fenômeno reativo devido à reação cruzada entre o streptococcus e o tecido cardíaco.

Dependendo das diferentes manifestações articulares, periarticulares e ou as diversas manifestações clínicas, como, conjuntivite, uretrite, envolvimento cutâneo e evolução clínica, as diversas espondiloartropatias são classificadas.

Estes destaques clínicos, epidemiológicos, imunogenéticos, radiológicos nos ajudam a separar, as espondiloartropatias da doença reumatóide soronegativa do adulto.

ESPONDILITE ANQUILOSANTE

Esta entidade nosológica acomete as articulações da coluna vertebral, principalmente as sacroilíacas e num grau variável o restante da coluna, assim como, com menor freqüência, artrite periférica e manifestações extra-articulares ocorrem precedendo ou acompanhando o quadro articular.

Durante muitos anos recebeu sinonímia variada como, Doença de Bechterew, Espondilite deformante, Espondilite Rhizomélica, Doença de Marie - Strumpell, Espondilite Reumatóide, etc...

Sua distribuição quanto ao sexo, raça e idade, ainda não é uniforme, porém sabe-se ser mais freqüente entre os caucasianos, sendo três vezes maior no sexo masculino e ocorre principalmente entre os 20 anos de idade, podendo se iniciar na quinta ou sexta década, naqueles indivíduos que na adolescência manifestaram tipo de poliartrite soronegativa. Há muito tempo se reconhece à baixa incidência de espondilite anquilosante em pacientes não caucasianos. A possível razão é hoje aparentemente conhecida, devido a menor freqüência do HLA-B27 nas populações de raça amarela e negra e a sua interação neste espectro de doenças. E freqüente o envolvimento familiar, sendo dez vezes maior a susceptibilidade de desenvolver a patologia na população HLA-B27 positivo.

Quadro Clínico

Apesar dos clínicos reconhecerem que a espondilite Anquilosante é uma doença comum, o índice de suspeita mantem-se baixo e seu diagnóstico esquecido.

A dor lombar é sintomatologia freqüente, em algum período da vida, em torno de 30% da nossa sociedade, porém a sua persistência é menos freqüente. Esta persistência nos faz suspeitar de patologia inflamatória da coluna vertical.

Numa análise de pacientes com dor lombar mecânica e os de causa inflamatória, Calin destaca cinco achados característicos na sua diferenciação. (Quadro 1)

Alguns pacientes relatam inicialmente dor torácica do tipo pleural, causando desconforto no leito e distúrbio do sono. Esta dor, piora na inspiração devido à tendinite das inserções musculares das várias articulações costoesternais e costovertebrais. A dor lombar não é bem localizada pelo paciente e pode ser central, na transição dorso lombar ou nas nádegas com mínima irradiação, traduzindo um quadro clínico de acometimento das articulações Sacroilíacas (figura1). O envolvimento da coluna cervical ocorre nesta entidade atingindo tanto as articulações interapofisiárias, como os ligamentos, levando a fusão total (figura2). Sua aparição é insidiosa, sendo mais freqüente observada no período noturno, acompanhada ou não de febre baixa, perda de peso e fadiga.
Ao exame físico observa-se perda da lordose lombar e intenso espasmo muscular. Ao contrário das patologias mecânicas da coluna lombar, a mobilidade esta diminuída, em todas as manobras de flexão e lateralidade, simetricamente.

O grau de restrição desta mobilidade é mensurado pela manobra de Schober. Esta consiste na medição da distensão da coluna lombar, em posição ereta e em flexão máxima, observando-se dois pontos previamente marcados, o primeiro na transição lombosacra e o seguinte 10 cm acima. Pode-se ao paciente para flexionar a coluna e faz-se nova medição, se ocorrer variação de cinco ou mais centímetros considera-se dentro da normalidade.

Artrite periférica surge em 20 a 30% dos pacientes, principalmente de membros inferiores, em qualquer período da doença. Esta freqüência aumenta conforme a gravidade da patologia.

A evolução do quadro inflamatório axial leva o paciente adotar uma posição de flexão da coluna (cifose dorso lombar), obrigando-o a deambulação, a flexionar os joelhos, para manter a visão na posição de marcha. A esta posição deu-se o nome de "posição do esquiador".

Neste estagio a anquilose das articulações interapofisarias se faz presente.

Manifestações oculares podem ser observadas em torno de 20% dos casos, seja iridociclite (uveite anterior) ou epiesclerite.

Mais raramente ocorre envolvimento cardíaco (3 a 10%), observando mais freqüentemente por insuficiência aórtica, alterações de condução e cardiomegalia. As manifestações pulmonares, seja a pneumonite intersticial e ou a fibrose apical pulmonar, são achados raros.

As alterações radiológicas são precocemente reconhecidas pela quadratura dos corpos vertebrais lombares, sendo que este é devido ao processo inflamatório no lugar de inserção das fibras externas do anulo fibroso. Os achados tardios compreendem a formação de pontes sindesmofitárias dando o aspecto de espinha em "linha de trem" ou "bambu". A fusão das articulações sacroilíacas é achada patognomónico.
Os parâmetros laboratoriais de atividade inflamatória como, a velocidade de hemossedimentação e dosagem da proteína C reativa estão geralmente elevados. A tipagem do HLAB27 é positiva em torno de 90% dos casos, porém não existe prova laboratorial patognomônica.

A abordagem terapêutica abrange cuidados para evitar posições viciosas, exercícios respiratórios e o uso de antiflamatórios não hormonais como a indometacina e a fenilbutazona, o uso de drogas de "base" como a sulfazalasina tem sido preconizado nos casos com envolvimento periférico.

SÍNDROME DE REITER

Descrita por Reiter em 1916, consiste de uma tríade clínica caracterizada por artrite, uretrite e conjuntivite. O envolvimento de agente infeccioso como estimulo desencadeante é reconhecido, dentre os quais, Shigella, Salmonella, Campylobacter, Yersinia enterocolitica, Chlamydia trachomatis, foram implicados.

Esta síndrome é tradicionalmente considerada completa quando da presença da tríade e incompleta quando duas manifestações estão presentes, apesar de estar estabelecido pela Associação Reumatológica Americana desde 1981, ser necessário para o diagnóstico infeccioso e a artrite.

Atualmente define-se Síndrome de Reiter como uma artrite soronegativa acompanhada de uretrite, cevicite e ou disenteria.

Outras manifestações associadas incluem, lesões inflamatórias oculares, balanite, úlceras orais (aftas), lesões psoriasiformes, queratodermia.

A incidência de Reiter ainda não está bem definida, porém nos surtos epidêmicos de bactérias relacionadas à artrite 2 a 3% dos pacientes irão desenvolver artrite reativa. Com relação a sua incidência no sexo masculino é cinco vezes maior.

Quadro Clínico

A artrite ocorre geralmente duas a seis semanas após o estimulo infeccioso. Ela manifesta-se por inicio abrupto de oligoartrite ou poliartrite assimétrica, predominantemente de membros inferiores joelhos e tornozelos.

O achado dessas três manifestações articulares é considerado típico: "dedos em salsicha" (dactilite), inchaço ou hipersensibilidade dolorosa da região da inserção do tendão de Aquiles ou da fascia plantar e dor lombar caracterizada por sacroileíte.

A uretrite dentre as manifestações geniturinárias e a mais freqüente seguida da balanite, cistite, próstatite e cervicite, sendo a cistite mais freqüente nas mulheres.

Conjuntivite não infecciosa unilateral ou bilateral é a manifestação mais comumente observada (40%), sendo precoce e transitória, podendo surgir outras manifestações como, uveite, epiesclerite e ulceração de córnea.

A balanite circinada é a mais freqüente das manifestações mucocutâneas aparecendo em 25 a 50% dos pacientes, seguidas das lesões psoriasiformes e da queratodermia podendo acometer pele e unhas.

Acometimento sistêmico pode ocorrer, seja do coração com alterações do sistema de condução ou aortite levando a insuficiência aórtica ou envolvimento neurológico central e periférico.

Febre, perda de peso e linfoadenopatia acompanham a síndrome.

O achado laboratorial mais significativo na Síndrome de Reiter é a presença do antígeno HLAB27 em 80% dos paciente, sendo que os indivíduos que possuem este antígeno, apresenta 20% de chance de desenvolver a síndrome após estímulo infeccioso. Os outros parâmetros laboratoriais estão presentes, porém são inespacíficos.

No estudo radiológico a presença de imagens de sugestivas de periostite comum as entesopatias e ou sacroileíte e sindemósfitos geralmente unilaterais são freqüentes.  (+ info)

Tenho espondilite ou espondiloartrose , ela é anquilosante?


releia a pergunta anterior(nº1)Fiquei sem resposta.
Ressonância da bacia:
Estruturas ósseas apresentam sinal medular conservados .
-Articulações sacro-ilíacas com contornos, espaços e intensidades de sinal presevados
O que é?- 1* Cabeças femorais esféricas, centralizadas em cavidades acetabulares.*
-2* Mínima quantidade de líquido intra-articular nas coxo femurais.*( o que indica?)
-Planos musculares apresentam contornos e sinal habituais.
-Não se caracterizam lesões expansivas sólidas ou cíticas

Muito obrigada!
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A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença reumática que causa inflamação na coluna vertebral e nas articulações sacroilíacas (no final da coluna com os ossos da bacia), podendo, às vezes, também atacar os olhos e válvulas do coração. Os sintomas podem variar de simples dores nas costas, na grande maioria das vezes nas nádegas, até uma doença grave, que ataca a coluna, juntas e outros locais do corpo, resultando em grande incapacidade devido à um “congelamento” das vértebras da coluna que com o decorrer do tempo, vão dificultar inclusive um simples passo para caminhar.
A EA faz parte de um grupo de doenças conhecidas como espondiloartropatias, onde estão incluídas a Síndrome de Reiter, alguns casos de Artrite Psoriásica, e a Doença Inflamatória Intestinal (Chron, Retocolite Ulcerativa, etc.).

Causa

A causa de EA não é conhecida, mas tudo que se relaciona com as espondiloartropatias tem haver com um padrão genético, devida a existência de um marcador genético comum (HLA-B27), que está presente na maioria dos indivíduos afetados, tornando essas pessoas predispostas a ter a doença.
Em alguns casos, a doença ocorre, nestas pessoas, depois de serem acometidas de uma infecção intestinal ou urinária.
Afeta principalmente o adolescente e/ou adultos jovens, especialmente do sexo masculino, com uma incidência 03 vezes maior que nas mulheres, que normalmente tem uma doença mais moderada em sua gravidade.
Afeta menos negros africanos e japoneses, e é mais comum em alguns índios norte-americanos.

Diagnóstico

Um diagnóstico tardio é comum porque os sintomas são atribuídos freqüentemente as doenças comuns da coluna, tais como dores posturais, traumática ou psicossomáticas.
Embora a maioria dos sintomas comecem na coluna lombar , devido ao grande e freqüente acometimento das articulações sacroilíacas, esta doença também pode envolver o pescoço (coluna cervical) e/ou as costas (coluna torácica) da mesma forma.
Além das sacroilíacas, artrite também pode acontecer nas grandes articulações periféricas (ombros e quadris), mas também pequenas juntas podem se inflamar, como as dos pés e mãos. Alguns pacientes têm lesões oculares, às vezes, importantes, e nos casos mais graves, é fundamental uma avaliação cardiológica, devido à lesões valvulares.
Sintomas gerais como febre (muitas vezes alta), fadiga, mal estar geral ,perda de peso, e anemia são comuns.
A avaliação laboratorial pode revelar inflamação, anemia. Um resultado positivo do HLA-B27 ajuda a fechar o diagnóstico. Radiografias e outros exames de imagem podem demonstrar alterações características e confirmar a doença.

Tratamento

A severidade de envolvimento articular e o grau de sintomas sistêmicos pode variar enormemente de um indivíduo para outro. Um diagnóstico precoce e preciso , levando ao tratamento correto pode minimizar anos de dor e inaptidão. Este consiste em antiinflamatórios não hormonais (AINH),dos quais a Indometacina é um dos mais eficazes, ás vezes, corticosteroides e, principalmente de medicamentos de base como a Sulfazalasina e o Metrothexate, que ajudarão no controle da evolução da doença.
Exercícios são essenciais, especialmente se iniciados precocemente e de modo constante, e vão manter a flexibilidade e tonicidade muscular. Exercícios aeróbicos auxiliam na qualidade cardio-pulmonar, sendo a natação o mais indicado, especialmente se associado a alongamentos. Com isto, mesmo que o paciente tenha uma coluna anquilosada (“congelada”), pode manter uma qualidade de vida acima da média.
Infelizmente como se trata de uma doença crônica, de “tratamento eterno”, as pessoas freqüentemente desistem e, não continuam a terapia ( a grande maioria é adolescente), acarretando uma crescente incapacidade, que vai se tornando permanente.  (+ info)

quem tem Espondilite Anquilosante aqui ???


Sinceramente, eu não sei o que significa isso, rsrsrs. bjus  (+ info)

Qual a diferença de espondiloartrose anquilosante e só espondiloartrose?


Ou toda a espondiloartrose não deixa de ser anquilosante?
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Espondiloartrose anquilosante: Doença inflamatória que afeta principalmente as articulações da coluna, quadris e ombros. Os sintomas gerais são febre, fadiga, perda de peso e anemia. A enfermidade pode se manifestar por meio de uma simples dor nas costas, até o enrijecimento das juntas da espinha dorsal;

Osteoatrose central, doença degenerativa discal ou espondiloartrose constitui a forma mais freqüente de "reumatismo" e embora possa comprometer todos os segmentos da coluna a forma mais comum é a do comprometimento cervical e/ou lombar, nas regiões de C5 a C7 e de L3 a L5. O quadro clínico está relacionado com alterações degenerativas a nível dos discos intervertebrais, articulações interapofisárias posteriores e uncovertebrais. Rigidez e dor localizada ou radicular são os sintomas mais comuns deste tipo de afecção.
O espasmo reacional da musculatura paravertebral contribui significativamente para a piora do quadro clínico. A dor radicular pode estar relacionada à compressão de uma raiz nervosa por osteófitos ou por prolapso lateral de um disco intervertebral degenerado. Nestes circunstâncias além da dor, pode ocorrer parestesias, alterações sensitivas e de reflexos osteo-tendíneos na área de distribuição da raiz afetada.
A maioria dos pacientes apresenta excesso de peso corpóreo e/ou defeitos posturais.  (+ info)

O que é Espondilite Ancilosante?


Espondilite ancilosante é a mesma coisa que espondilite Anquilosante? espondilite cervical? Isso pode causar torcicolo?
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A espondilite anquilosante é um tipo de inflamação que afeta os tecidos conectivos, caracterizando-se pela inflamação das articulações da coluna e grandes articulações, como os quadris, ombros e outras regiões. Embora não exista cura para a doença, o tratamento precoce e adequado consegue tratar os sintomas - dor e inflamação, estacionar a progressão da doença, manter a mobilidade das articulações acometidas e manter uma postura adequada

Embora possa ocorrer indistintamente nos dois sexos, a espondilite anquilosante se manifesta mais frequentemente no sexo masculino, acomete de 4 a 5 homens para uma mulher. Normalmente os pacientes desenvolvem os primeiros sintomas no final da adolescência ou no início da idade adulta (17 aos 35 anos), sendo muito rara após os 40 anos de idade. Quando se manifesta antes da adolescência é descrita como espondilite anquilosante juvenil.

As chances dos filhos de pacientes com espondilite anquilosante apresentarem a doença são muito reduzidas, não mais de 15 em 100, comparadas a 85 em 100 de gerar crianças saudáveis normais. Mesmo entre os 15% que apresentam a doença, provavelmente apenas um apresentará uma condição severa o suficiente para interferir em sua vida normal.

A espondilite anquilosante caracteriza-se pelo surgimento de dores na coluna de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna e diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercícios e piora com repouso.

No início, a espondilite anquilosante costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Essa dor tem origem nas articulações sacroilíacas. Alguns pacientes se sentem doentes de uma forma geral - sentem-se cansados, perdem apetite e peso e podem ter anemia.

A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor no peito, que piora com a respiração profunda, sentida ao redor das costelas, podendo ocorrer diminuição da expansibilidade do tórax durante a respiração profunda.

Os indivíduos que apresentam limitações significativas da expansibilidade do tórax, não devem de forma alguma fumar, pois seus pulmões, que já não se expandem normalmente, estariam ainda mais susceptíveis a infecções.

Com o passar do tempo, após a fase ativa da doença, na qual as juntas estão inflamadas, a doença se torna bem menos ativa ou menos totalmente inativa. Os ossos das vértebras da coluna crescem, formando pontes entre as vértebras, às vezes envolvendo completamente as juntas, impedindo assim que ela se mova, causando a rigidez denominada anquilose.

Algumas pessoas podem ter apenas uma série de leves dores e desconfortos, durante vários meses, sem entretanto incomodá-las demais. Isso parece ser mais comum nas mulheres com espondilite anquilosante. Nesse estágio, a doença pode tanto desaparecer, quanto pode prosseguir, causando rigidez na coluna dorsal ou mesmo no pescoço.

Os órgãos e tecidos mais afetados pela espondilite anquilosante são:

Articulações da coluna vertebral;
Outras articulações (articulações dos quadris, ombros, joelhos, entre outras);
Ossos;
Olhos;
Coração, pulmão e sistema nervoso central;
Pele;
Intestino.
O diagnóstico da doença é baseado no conjunto de sintomas e no raio X da coluna e das juntas afetadas. O médico faz um histórico e examina as costas (procurando por espasmos musculares, com atenção para a postura e mobilidade) e examinará as outras partes do corpo, procurando pelas evidências da espondilite anquilosante.

As alterações características estão nas juntas sacroilíacas, mas podem levar alguns meses para se desenvolver, podendo não ser notadas na primeira consulta.

Não há cura para a espondilite anquilosante e, embora a doença tenda a ser menos ativa conforme a idade avança, o paciente deve estar consciente de que o tratamento deve durar para sempre. O tratamento objetiva o alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade da coluna onde a mesma tenha diminuído, permitindo ao paciente ter uma vida social e profissional normal. O tratamento engloba o uso de medicamentos, fisioterapia, correção postural e exercícios, que deve ser adaptado a cada paciente.

No tratamento com medicamentos utilizam-se analgésicos para aliviar a dor e anti-inflamatórios. Existem várias substâncias capazes de reduzir ou eliminar a dor, que permitem ao paciente uma boa noite de sono e seguir um programa de exercícios.

Passada a fase aguda da doença, a maioria dos pacientes não necessita de remédios, uma vez que façam parte de um programa regular de exercícios. Os remédios são necessários esporadicamente, apenas quando os sintomas reaparecem apesar dos exercícios. Para outros pacientes, pode ser necessário um tratamento contínuo com doses reduzidas (manutenção) de medicamentos.

O propósito dos exercícios é conscientizar o paciente de sua postura, especialmente com relação às sua costas, e encorajar o  (+ info)

A gonoartrose degenerativa bilateral não é semelhante a espondiloartrose anquilosante, para isenção do IR?


Não são a mesma coisa. Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente a coluna vertebral e articulações dos quadris. Em dases avançadas é uma doença incapacitante que pode provocar graves deformidades e incapacidade física. Gonoartrose é doença degenerativa (não é inflamatória) dos joelhos. É doença que causa dor e inchação nos joelhos. Pode causar deformidades e requerer uma cirurgia para colocação de uma prótese no joelho em casos graves.  (+ info)

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